quinta-feira, 6 de agosto de 2009

ENTREVISTA DE JOSÉ LEBRE À EDIÇÃO DE HOJE DE 'O TEMPLÁRIO'

Porque decidiu candidatar-se?

É certo e sabido por todos nós portugueses, que temos uma Administração Pública distante e lenta, e desadequada à realidade da vida.
As formalidades, as ameaças, as multas, a insegurança são uma constante.
Ao contrário de tudo o que seria razoável e legítimo esperar, aqui em Tomar, temos uma Administração
Local, que pela sua conduta e forma de estar se assemelha em tudo ao que de mau sobressai da Administração Central.
O mau exemplo vem sempre de cima!
A grande mudança que propomos é a inversão desta atitude.
De uma atitude desconfiada passar a uma atitude confiante;
De uma atitude passiva, desinteressada e indiferente, passar a uma atitude proactiva e colaborante.
Em primeiro lugar estará sempre o cidadão.
Uma nova postura, um comportamento diferente, uma nova atitude é a nossa proposta.
O respeito pelo próximo, a exigência no desempenho, a igualdade no tratamento, o espírito de serviço, a proximidade do relacionamento e a transparência na acção, são valores que sistematicamente vão sendo relegados para lugares esquecidos nas práticas políticas vigentes.
Justiça seja feita ao honroso e muitas vezes penoso trabalho, por falta de meios, efectuado pelas Juntas de Freguesia, na generalidade ao lado dos cidadãos.
A defesa e reposição daqueles valores constituem os principais motivos da minha candidatura.
As pessoas estão fartas de ser maltratadas, de não serem ouvidas, de serem hostilizadas, de não serem apoiadas nos seus anseios, e as suas iniciativas e empreendedorismo desvalorizados.
Nesta medida, pretendemos ser uma candidatura de “Pessoas para as Pessoas”, que pensam pela sua cabeça, não são profissionais da política, dela não dependendo para a sua subsistência, nem para o alimentar das suas vaidades.
Uma candidatura livre, independente e não comprometida a qualquer tutela.
Move-nos a vontade de construir um Concelho melhor, para nós TOMAR EM PRIMEIRO LUGAR!


Em que medida a sua intervenção recente em sessão pública da CM sobre as obras do Centro Histórico, contribuiu para esta decisão?

A intervenção que aí tive, nada teve a ver com a decisão que tomei.
O resultado da intervenção tem tudo a ver.
Das seis ou sete questões que aí levantei, e que consistiam em pedidos de esclarecimento e resposta a requerimentos, nenhuma obteve resposta até agora, passados que foram alguns meses. Tanta passividade é confrangedora!
Qualquer cidadão tem o direito de ter resposta atempada, esteja ou não esteja alinhado com o poder, seja rico ou pobre, seja fraco ou forte, seja feio ou bonito, seja o que for.
A defesa destes e de outros direitos que assistem ao cidadão comum, contribuíram decididamente para a formulação da minha decisão de candidatura.

Vai apresentar-se ao eleitorado tendo por base o apoio do movimento TPL, que espera do movimento?

Espero que o Movimento pela sua prática e para além das eleições, consiga unir as vontades em torno de ideias, que têm a ver com a humanização da prática política, com a defesa dos mais desfavorecidos e excluídos socialmente, com o respeito pelo próximo, e com a responsabilização de cada um pela Cidade e pelo Concelho que é de todos.
Com a ajuda de todos, mostrar que é possível conseguir respostas positivas às aspirações e anseios de cada um, para a reconquista de confiança, felicidade e qualidade de vida, e também mostrar que é possível reconquistar uma esperança efectiva no futuro.


Nestas eleições o que considera ser um bom resultado?

Eu candidato-me com a ambição de ganhar.
Respeitarei o resultado que os Tomarenses entenderem que mereço.
Não será só a contabilidade dos votos que qualificará o resultado do acto eleitoral.
Há que ter a noção que os nossos adversários estão em campanha há muito tempo, dominam e governam a Autarquia há muitos anos, têm dirigentes colocados criteriosamente em lugares decisivos no aparelho do Estado, e agem solidariamente na manutenção e divisão do poder. Vejam-se as passagens de testemunho sucessivas (e previstas), a meio de mandatos, para assegurar lugares, para garantir regalias e satisfazer clientelas à revelia do voto popular.
É necessário transmitir uma mensagem sem medo da verdade e mostrar que é possível aos Tomarenses gerir o Concelho com eles, por eles e para eles.

Há quem já tivesse apelidado a vossa lista de conservadora. Concorda com essa designação?

A lista está formada e solidamente constituída, quando for do conhecimento público será possível a cada um qualificá-la como entender.
Eu pessoalmente não me identifico com os conceitos de conservador ou de direita, progressista ou de esquerda.
O importante são as qualidades e os valores únicos de cada pessoa, que informam o seu relacionamento com os outros e com o mundo. É nesta vertente que queremos ser reconhecidos.

Já foi vereador na década de 80 pela Aliança Democrática, esteve ausente da política por vários anos. Porque decide voltar á vida pública?

Para pôr ao serviço de todos o resultado de uma experiência de vida que pretendi exigente e responsável.

Constou-nos que foi convidado pelo CDS para encabeçar a lista á CM. Confirma?

Peço desculpa mas não respondo a essa pergunta. Por razões de ordem ética, as conversas privadas que supostamente tive, tenho ou terei, com quem quer que seja, pessoas ou entidades, são do meu exclusivo foro particular.

Tudo indica que serão submetidos a votos sete candidatos a presidente da Câmara, qual é a leitura que faz desta situação?

Quando surgem candidaturas independentes de cidadãos livres, e estes se unem em torno de ideias ou de projectos, é porque alguma coisa vai mal na gestão que a vida político partidária determina.
O mesmo partido ou as mesmas pessoas muitos anos no poder propicia que se adquiram hábitos e comportamentos desajustados.
O facto de haver tantas candidaturas à presidência da Câmara é a todos os títulos louvável e daqui felicito e cumprimento todos os candidatos.
As diferentes candidaturas demonstram, em princípio, o interesse pela causa pública.
O aparecimento de movimentos independentes em geral e do Movimento TPL, livre, independente e não comprometido, resulta do facto dos partidos políticos se terem fechado sobre si mesmos, fechado à comunidade, autistas em relação aos sinais de descontentamento, defensores de privilégios adquiridos e quantos vezes criadores de situações de subserviência.
As pessoas têm medo e com medo não há felicidade.
A tomada de lugares chaves da administração cria cadeias de poder inexpugnáveis.
Esses lugares não são geralmente acessíveis a espíritos livres e críticos, mas muitas vezes a pessoas com comportamentos subservientes.
Nestas circunstâncias surge o descontentamento, e com o descontentamento surgirá a rotura do sistema.
É decisivo mostrar que é possível desmontar o sistema instituído, com a colaboração de pessoas criativas, livres e não comprometidas.


Quais vão ser os pontos fortes da campanha? Apesar do pouco tempo que tem acha que a mensagem vai chegar ao eleitorado?

Apesar do pouco tempo que dispomos, estamos certos da aceitação das nossas ideias e dos nossos valores.
Não vamos apresentar programas exaustivos, não vamos prometer obras de milhões de euros.
Vamos prometer uma mudança de atitude, uma maior eficiência dos serviços, uma aproximação do poder aos cidadãos.
Vamos mostrar como somos e o que pensamos e os pontos fortes da campanha constarão do programa que será oportunamente apresentado aos Tomarenses.


Sobre a actual Câmara quais são os erros que considera mais gritantes?

A nossa candidatura traduz o evidente desagrado, a decepção, e nalguns casos a indignação em relação a alguns aspectos da governação e actuação do actual executivo camarário.

No que diz respeito à sua postura, consideramos gritante a insensibilidade ao não reconhecer o descontentamento popular e o não ter provocado inflexões políticas e de comportamento, quando da transição do poder a meio do mandato do Eng.º António Paiva para o Dr. Corvelo de Sousa. Este não soube assumir integralmente as suas responsabilidades, desculpando-se com políticas já anteriormente definidas.

No que diz respeito à relação com os serviços da câmara municipal, o nunca ter sabido conquistar a sua confiança e não ter conseguido gerar um verdadeiro espírito de colaboração e de serviço. Qualquer equipa precisa de um treinador, por melhores que sejam os jogadores...


No que diz respeito às obras, destaco a falta de critério e a total ausência de planeamento, de que são exemplo os dois longos anos de calvário de obras no Centro Histórico; não posso deixar de enumerar as obras de saneamento básico, com tubagem enterrada por todo o Concelho com milhões gastos e sem perspectiva de utilização; como também as estradas recentemente recuperadas e pavimentadas que custaram milhões e são já uma manta de retalhos por não se ter previsto a substituição de tubagem de abastecimento de água. As roturas são semanais!
São situações inadmissíveis.


Se não for eleito presidente aceita ser vereador?

Se não for eleito Presidente serei vereador, para tentar assegurar no dia a dia os valores que defendo, e respeitar e fazer respeitar a vontade dos Tomarenses.
Será fundamental que as outras candidaturas clarifiquem essa vontade.

Em linhas gerais como perspectiva os próximos quatros anos?

Temos consciência que a vida da autarquia nos próximos anos, está em grande parte condicionada pela herança que nos é deixada, em grande parte ainda desconhecida:
- uma situação financeira catastrófica
- várias acções em tribunal, resultantes de erros de gestão e planeamento.
- obras inconsequentes e inacabadas.
- Convento de Santa Iria e Colégio Feminino inconsequentemente expropriado ao seu proprietário, sem destino previsível no curto prazo e em estado ruinoso de conservação.
- revisão do PDM feito nas costas dos Tomarenses, incompreensivelmente ainda por concluir.
Não vamos, como já dissemos, fazer promessas eleitorais como aquelas que têm sido feitas ao longo dos anos e nunca foram realizadas, como por exemplo o parque temático.
Sabemos que serão anos difíceis. No entanto, é possível com criatividade e capacidade desencadear acções e promover obras que mudarão o estado de espírito e a face da cidade e das freguesias rurais.


Concorda com a Câmara pagar as dívidas da Festa dos Tabuleiros de 2003?

Pelo que é do conhecimento e do domínio público, será a todos os títulos inaceitável que a Câmara Municipal assuma dívidas que não são suas.
As pessoas, nos cargos que ocupam, não podem deixar de ser responsabilizadas pelos seus actos desastrosos e levianos de gestão.
Somos sistematicamente confrontados com situações de impunidade dos nossos governantes.
O argumento utilizado de que o pagamento será efectuado para viabilizar a próxima Festa dos Tabuleiros é no mínimo desonesto, já que no entretanto, outra festa foi realizada com êxito e com lucro.
Não há explicação para o pagamento destas dívidas em vésperas de eleições e sobretudo quando já passaram seis anos.
Nestas circunstâncias não se trata de concordar ou não, trata-se de uma impossibilidade.
Qual o projecto que defende para o Concelho de Tomar?

O projecto que pretendemos para relançar o Concelho de Tomar passa inevitavelmente pela adopção de uma nova postura e de uma nova atitude perante os munícipes, as empresas, as associações e os serviços.
A intolerância, o sectarismo, o autismo político, a vaidade, a prepotência e a irresponsabilidade, são aspectos que têm de ser definitivamente banidos da prática política.
Só com uma atitude ética, cívica e de proximidade se pode aspirar a um futuro melhor.
Elegemos como objectivos essenciais: devolver a Câmara aos cidadãos; promover o investimento, o emprego e a riqueza e decididamente o combate à pobreza e exclusão social;
fazer de Tomar uma capital de cultura.
Estas são as ideias que nortearão o programa eleitoral do Movimento Tomar em Primeiro Lugar.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ENTREVISTA COM JOSÉ LEBRE NA EDIÇÃO DE AMANHÃ DE 'O TEMPLÁRIO'


O CALVÁRIO DA ECONOMIA TOMARENSE


Quem quiser investir em Tomar pode ter uma antecipada certeza: encontrará na Câmara Municipal e no PSD um acérrimo adversário que tudo fará para que o investidor procure Abrantes, Torres Novas, Ourém, Fátima ou qualquer outro concelho limítrofe.

Investir é arriscar capital num negócio. Quem arrisca capital num negócio quer legitimamente uma remuneração do seu capital. Vantagem: de caminho cria emprego, cria produção, cria valor acrescentado e contribui para aumentar a produtividade e a riqueza do concelho.

Com o declínio das indústrias tradicionais de Tomar, que aliás não é um exclusivo de Tomar mas também sucedeu noutros locais, impunha-se a clarividência municipal de facilitar o investimento. Mas não. A Câmara é insensível ao fecho sucessivo de empresas, ao aumento incessante do desemprego no concelho, ao aumento da pobreza. Não é por isso de estranhar que, segundo o estudo “Indicador Sintético de Desenvolvimento Económico e Social ou de Bem-Estar dos Municípios do Continente Português“, elaborado por José Pires Manso e Nuno Miguel Simões, da Universidade da Beira Interior, o concelho de Tomar tenha passado do 99º lugar para um tristonho e revelador 130º lugar, entre os 278 municípios do Continente, apenas a 16ª posição entre os 21 concelhos do distrito de Santarém.

Esta situação nasceu ontem? Não. Resulta de uma sequência de políticas erradas na Câmara Municipal, independentemente dos factores de política geral e de funcionamento da economia, que não serão todos imputáveis aos responsáveis municipais.

Perante isto, conclui-se facilmente que Tomar precisa de uma Câmara amiga do investimento, do emprego e da riqueza. Para o PSD investimento é fundo do Estado ou da União Europeia. E sabemos bem que quem precisa de fundos públicos perde liberdade e cria dependência. É isso que o PSD quer para perpetuar o seu esgotado e muito mais socialista do que parece, poder autárquico.

A economia privada não existe. Todas as tentativas de investimento privado relevante em Tomar nos últimos anos têm sido travadas pela Câmara com exigências absurdas e obstáculos que afugentam o mais paciente empresário. O resultado é o que todos vemos à nossa frente: uma profunda crise económica e social no concelho de Tomar, que é anterior à crise económica mundial que estamos a viver.

Há alternativa. Tomar em Primeiro Lugar, depois os partidos.

Jorge Ferreira

(Publicado na edição de amanhã de O Templário)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

NAS NOTÍCIAS (7)

PÚBLICO:

"Jorge Ferreira regressa como independente em Tomar

03.08.2009

Jorge Ferreira, antigo dirigente do CDS e do Partido Nova Democracia, vai voltar às lides políticas como cabeça de lista à Assembleia Municipal de Tomar. O antigo líder parlamentar do CDS integrará as listas do Movimento Tomar em Primeiro Lugar (MTPL), um dos dois movimentos de independentes que disputarão as eleições autárquicas naquele concelho de 39 mil eleitores. Ao PÚBLICO, Jorge Ferreira revelou que o MTPL surgiu dinamizado por um grupo de pessoas das mais diversas sensibilidades. "Há uma ex-vereadora do PS, Maria Augusta Costa, que subscreveu o nosso manifesto", diz, tentando com este exemplo dar um sinal de grande abrangência. E promete, se o movimento ganhar - o arquitecto José Lebre é o candidato do MTPL ao município -, "devolver a câmara aos cidadãos, atrair investimento, emprego e riqueza para o concelho e fazer de Tomar uma capital cultural internacional". Além dos partidos tradicionais, o MTPL, que se estreia em eleições, concorre contra o movimento Independentes Por Tomar, que já foi a votos em 2005.
M.G."

E também na Rádio Hertz, n' O Templário e no Mirante.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

MANDATÁRIOS


Estão escolhidos os Mandatários da candidatura Tomar Em Primeiro Lugar:

Mandatário da Candidatura: ALEXANDRE JOSÉ DE CANÊDO CORREIA LEAL, Médico, Empresário

Mandatário Financeiro: JOÃO OLIVEIRA BAPTISTA, Engenheiro, ex- Director da Caima