terça-feira, 15 de setembro de 2009

TIRAR TOMAR DO MARASMO


Entrevista de Isabel Miliciano à última edição do 'Cidade de Tomar':

“José Lebre está determinado a tirar Tomar do marasmo em que caiu”

1 - Como se sente o segundo lugar numa lista à câmara municipal?

É para mim uma honra poder fazer parte da equipa que o senhor arquitecto José Lebre escolheu para o acompanhar neste objectivo de grande importância para o concelho de Tomar. Permita-me que refira os nomes do eng. Francisco Mendes Godinho, da dra. Manuela Furtado, do eng. Pedro Escudeiro, da dra. Elvira da Conceição e do sr. Alípio Marques. Acredito que qualquer de uma destas pessoas que acabei de referir faria um bom segundo lugar.
O segundo lugar representa para mim uma grande responsabilidade, no sentido de que devo prestar todo o meu apoio e todo o meu empenhamento neste projecto, liderado pelo arquitecto José Lebre.
Por outro lado, sinto uma enorme satisfação em poder trabalhar com um candidato à Câmara, de entre todos, o que reúne melhores condições e com um perfil impar para implementar uma liderança forte.
Neste período de pré-campanha, tudo o que tenho vivido e participado só tem contribuído para consolidar a opinião que tinha sobre o nosso candidato. Tem uma longa experiência de vida, na sua vida privada é um profissional de reconhecido mérito, aprecio-lhe a sua autenticidade e impressiona o modo como abomina todas as políticas e comportamentos que têm contribuído para o empobrecimento do concelho. É um tomarense descomprometido com os poderes instituídos, é determinado e demonstra o maior respeito pelas opiniões de todos os que integram a equipa. Temos vindo a elaborar um projecto que assenta fundamentalemnte em colocar a Câmara ao serviço dos cidadãos, corrigir os erros do passado e definir um conjunto de políticas concretas que “arranquem” Tomar do marasmo e do empobrecimento em que caiu.

2 - Tomar perdeu protagonismo ou estão a ser valorizados conceitos de regresso ao passado?

Há um princípio que devemos ter em conta, quer no mundo empresarial, institucional, associativo, as ideias nascem, crescem e morrem. Isto acontece com tudo na nossa vida. O importante é estarmos atentos às transformações e conseguirmos saber quando e como devemos agir. Todos sabemos que Tomar foi uma referência económica, social e cultual na região. Hoje é diferente, já perdemos muito tempo a percebermos as transformações sem reagir. Mas acredito que somos sufucientemente inteligentes e capazes de implementar uma estratégia que faça crescer a nossa auto-estima e orgulho de termos optado por viver em Tomar. O segredo está na marca dos Templários, no Convento de Cristo, na Albufeira do Castelo do Bode, nos nossos solos agrícolas,
na nossa imaginação para criar e promover eventos, na recuperação do nosso centro histórico, na valorização da nossa identidade cultural. E fundamentalmente no apoio da Câmara à iniciativa privada. Os promotores dos grandes projectos é a sociedade civil. À Câmara compete ajudá-los a concretizar os seus projectos e não criar entraves como temos assistido nos últimos anos, o que acaba por afastar as pessoas de Tomar.
Quanto aos conceitos do regresso ao passado, vou utilizar um chavão: não pode haver futuro se não tivermos em conta o passado. O passado tem que ser analisado de acordo com as suas circunstâncias. O passado é uma referência, com coisas boas e outras más. Devemos aproveitar as boas e corrigir as más.

3 – Como propõe a reorganização dos serviços da câmara?

Há um organigrama da Câmara e de todos os seus serviços. Há que melhorá-lo e reajustá-lo de acordo com as necessidades específicas de cada sector. Defendo a delegação de competências nas chefias, responsabilizá-las e sobretudo motivar os funcionários para um projecto cujo principal objectivo é o de serviço público. Os munícipes são a razão do seu posto de trabalho. Para terminar esta questão defendo que apesar das diferenças e graus de responsabilização e de respeito, o poder político deve saber olhar a sua equipa, no caso de Tomar são cerca de 450 funcionários, de igual para igual.

4 – Algumas razões para se votar na sua lista?

Sobre esta questão, gostaria, e deixo aqui o convite a todos os tomarenses, para assistirem à apresentação pública da candidatura, sexta-feira, dia 11 de Setembro, no Auditório da Biblioteca Municipal de Tomar, a partir das 18H00. Nessa altura serão apresentadas as principais directrizes do nosso programa, e as principais razões para que os tomarenses optem pela nossa equipa.
Os tomarenses devem participar e tomar posição no sentido de exigirem novas políticas e procedimentos que provoquem a mudança. Não podemos continuar a perder empresas e pessoas. Não podemos continuar a pagar a água mais cara do distrito, não podemos continuar a pagar as taxas e licenciamentos mais caros de toda a região. Não podemos continuar com uma má política de solos, que a uns proíbe a construção e a outros permite a construção em solos de grande valor agrícola. Não podemos continuar a defender obras de milhões (sobre as quais tenho dúvidas sobre a sua concretização) em detrimento de pequenas obras de limpeza, embelezamento, de iluminação pública e de conservação de muitos espaços da cidade e do nosso concelho. Estas pequenas obras fazem toda a diferença no nosso dia-a-dia. Temos o mercado municipal mais “terceiro mundista” da região, isto sem qualquer responsabilidade por parte dos seus vendedores, mas porque simplemente a Câmara o votou ao abandono. Nos últimos anos “espalhou-se” muito alcatrão, mas esqueceram-se as pessoas, e uma comunidade sem pessoas, vai morrendo aos poucos.
Atravessamos um período difícil, e é a pensar nas pessaos, nos mais desfavorecidos, nos que têm perdido o emprego e em todos aqueles que têm medo de afrontar o poder, que encontramos as principais razões para nos candidatarmos. Há projectos fáceis de concretizar, sem grandes custos, que dependem unicamente da vontade política.
Não devemos esquecer, que temos um concelho, onde os Templários deixaram a sua marca, uma cidade com um rio, uma albufeira, que até há pouco tempo era o maior resevatório de água do país, uma barragem hidroagrícola, um centro histórico e uma Festa dos Tabuleiros ímpares no país, que não têm sido rentabilizados, no sentido de criar riqueza no concelho. Eu pergunto: os nossos responsáveis políticos devem ou não ser responsabilizados e penalizados por isto? Os tomarenses que respondam no dia 11 de Outubro.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

LER OS OUTROS

"Correu francamente bem a apresentação dos candidatos, dos mandatários e da comissão de honra do movimento "Tomar em primeiro lugar", cuja lista para a câmara é liderada por José Lebre.", relata o insuspeito Sebastião Barros, no blogue Tomar a Dianteira. Ler mais.

A APRESENTAÇÃO PÚBLICA (3) A LISTA PARA A CAMARA


A APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA (2): A EQUIPA

A APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA (1)


NAS NOTÍCIAS (13)

O Templário.
O Templário.
Rádio Cidade de Tomar.

UM PROGRAMA PARA VOLTAR A TER ESPERANÇA NO FUTURO DE TOMAR

Reproduz-se na íntegra o discurso de apresentação pública da candidatura do movimento 'Tomar Em Primeiro Lugar', feito por José Lebre, candidato a Presidente da Camara Municipal de Tomar:

Exma Comissão de Honra,
Exmos Senhores Mandatários
Exmos Senhores Jornalistas
Senhoras e Senhores

Uma Câmara ao serviço de todos, agiliza procedimentos, facilita a vida às pessoas, incentiva a iniciativa e o investimento, e afirma os valores da “Nossa Terra”.
Isto não tem acontecido, e é por esta razão que nos apresentamos ao eleitorado do Concelho de Tomar.
Para atingir estes objectivos, assumiremos a mudança para uma atitude confiante, colaborante e motivadora, em que o cidadão estará sempre em primeiro lugar.
Queremos proximidade no relacionamento com todos, transparência e exigência no desempenho, igualdade no tratamento, e espírito de serviço.
Uma acção baseada nestes valores assegura o sucesso da governação.
Queremos dar apoio total às empresas, às pessoas, aos clubes, às associações, e a todos os que se quiserem empenhar na criação de riqueza, e na melhoria da qualidade de vida da comunidade.
A gestão da Câmara Municipal requer uma boa equipa. Mas não há equipa que jogue bem, sem um bom treinador, de quem se exige uma liderança forte e em permanência.
A Câmara Municipal não pode continuar a ser gerida aos soluços, com substituição de Presidente a meio do mandato, nas costas dos Tomarenses e sem a sua concordância.
Os interesses pessoais não podem implicar o sacrifício da gestão autárquica.
A gestão autárquica não pode ser utilizada para garantir interesses pessoais e partidários, tão pouco para a manutenção do poder, a qualquer preço e a todo o custo.
Sucederam-se doze longos anos da actual governação.
As três maiorias absolutas consecutivas, ao contrário do que seria previsível pensar, conduziram ao aparecimento de comportamentos desajustados, que foram tão gritantes, que fora do tempo, e com oportunismo eleitoralista, o actual executivo camarário teve que tomar medidas e deliberações, numa tentativa frouxa e denunciada, para anular as que escandalosamente foram sendo tomadas ao longo dos anos.
Basta referir por exemplo, e no meio de muitas outras, a reabertura extemporânea no final do verão do Parque de Campismo.
Temos o direito à indignação!
O regime de maioria absoluta em que temos vivido, tem feito prevalecer a política do quero posso e mando.
Sobressaem as atitudes prepotentes por negação do diálogo, a ausência de espírito crítico por desvio dos objectivos, o desleixo nas obras por incapacidade técnica, o endividamento irresponsável por falta de planeamento, a desorganização dos serviços camarários por falta de liderança e um final de mandato escandalosamente eleitoralista, anunciando investimentos de milhões num desrespeito total pelos valores da ética.
Esta é a nossa herança!
Repudiamos e denunciamos estes comportamentos, e alertamos todos para a necessidade premente de mudança, com pessoas novas e novas pessoas.
Como repetidamente já afirmámos, faremos uma gestão para servir e ajudar, e com uma Câmara ao serviço de todos promoveremos:
- A Reorganização dos Serviços Municipais, com definição de chefias responsáveis, para
que seja cumprido o que está definido por lei. O exemplo tem que vir de cima.
- A criação de uma central de aprovisionamento, para que haja racionalização nos custos.
- A criação do “Gabinete do Munícipe”, para que este seja apoiado e ajudado na resolução dos seus problemas.
- A “Criação do Gabinete do Investidor”, na dependência directa do Presidente da Câmara Municipal, para apoiar incentivar e captar as intenções de investimento no concelho.
- A actualização permanente do “Site Municipal”, para que se possa obter online todo o tipo de informação, com rapidez e comodidade.
- A criação do “Gabinete das Freguesias” com quadro de pessoal próprio, que inclua parque de máquinas devidamente dimensionado e gerido com as Juntas de Freguesia. Estas são as estruturas mais próximas dos munícipes e que melhor os podem ajudar na resolução dos problemas do dia a dia.
- A criação da figura do “Provedor do Munícipe”, para que as pessoas tenham a quem se queixar dos atropelos cometidos pela administração, passando a ter quem os oiça e para que se faça Justiça.
- A criação da figura do “Zelador do Concelho”, que centralizará toda a informação e promoverá pequenas acções que zelem e melhorem a qualidade de vida dos cidadãos.
- O apoio à criação da “Confraria Tomarense”, abrangente, não partidária, não tutelada, promotora de estudos que salvaguardem os valores da “Nossa Terra”

Minhas Senhoras e meus Senhores
- Queremos e iremos dotar o Concelho de Tomar com Internet gratuita para todos.
- Concluiremos urgentemente a revisão do P.D.M, para que os Tomarenses não tenham que construir as suas casas fora do seu Concelho, e para que possam ser implementadas políticas correctas de ordenamento do território, com salvaguarda dos valores ambientais.
- Submeteremos de imediato proposta à Assembleia Municipal, para aprovação de um novo regulamento de taxas e licenças, adequado à realidade sócio económica do Concelho.
- As actualmente em vigor são inexplicavelmente das mais altas praticadas no País, inviabilizando o investimento, prejudicando o emprego e a criação de riqueza. Por alguma razão temos das casas e dos terrenos mais caros.
- Suspenderemos de imediato todos os processos de contra ordenação, para prevenir práticas injustas e de grande insensibilidade.
- Promoveremos de imediato à constituição de uma Comissão Organizadora das comemorações dos 850 anos da Cidade.

No que respeita á Cultura
- Sustentaremos uma política verdadeiramente Tomarense que passa em primeiro lugar pela valorização e salvaguarda do Património que nos identifica.
Valorizaremos:
- O Património Arquitectónico e Arqueológico.
- As colecções de Pintura e os Pintores Tomarenses.
- As diversas colecções e espólios á guarda da Câmara Municipal muitas das quais não se sabe o paradeiro e o Arquivo histórico que está completamente votado ao abandono.
- Valorizaremos a história das gentes de Tomar, na sua relação com o Convento, com o Mundo e a sua audácia e presença constante na história de Portugal.
- Promoveremos Tomar como Capital Templária.
- Na música, nas letras no teatro no convívio e no desporto, apoiaremos e defenderemos intransigentemente todos os que com o seu empenho contribuem para a valorização cultural das comunidades.
- Os Ranchos Folclóricos.
- As Sociedades Filarmónicas.
- Os Coros.
- Os Grupos de Teatro.
- Os Conjuntos e Grupos Musicais.
- As Colectividades, as Associações e os Grupos Desportivos, merecem incondicional apoio.
Minhas Senhoras e meus Senhores
- Promoveremos acções e políticas adequadas que tornem o Turismo a base da recuperação sócio económica do Concelho. Temos presente, que milhares de pessoas que visitam o Convento de Cristo não descem à Cidade e pouco contribuem para a economia local.
- Temos presente a importância que a Albufeira de Castelo de Bode já teve, e o empobrecimento que resultou para o Concelho por via da elaboração de um plano de ordenamento mal executado.

Na Acção Social
- Seremos intransigentes no combate à pobreza e exclusão, e apoiaremos todas as instituições que tanto trabalham nessa área.
- Apoiaremos a manutenção da qualidade de vida para a terceira idade, bem como daremos especial importância às pessoas com necessidades especiais.
- Daremos continuidade ás políticas vigentes nas áreas da educação e desporto a nível do Concelho.
Este é o nosso programa na “relação com as Pessoas”.
No que diz respeito a obras:
- Concluiremos e pagaremos aquelas que já estão iniciadas.
- Assumiremos as que estão anunciadas e com comparticipação assegurada, designadamente o “Programa integrado de valorização urbana de Tomar” que pretende requalificar os exteriores do Convento, Mata dos Sete Montes e Centro Histórico na sua relação com o Rio, bem com as acções Arqueológicas com financiamento anunciado.
- Nas freguesias rurais as obras e os investimentos a realizar, serão decididos com as Junta de Freguesia eleitas. Nada será feito sem o seu conhecimento, tudo será feito com a sua colaboração.
- Integrando as duas freguesias urbanas, e como obra emblemática da minha candidatura, procederemos à requalificação das cinco entradas principais de Tomar.
Tomar não se pode afirmar como cidade de Cultura e de Turismo, com os actuais acessos.
É fundamental uma aproximação digna.
- Na Cidade iremos efectuar obras profundas de requalificação e recuperação do Mercado Municipal com o respectivo enquadramento paisagístico.
- Na Cidade iremos dar continuidade á requalificação do Flecheiro, e iremos retirar definitivamente a Fonte Cibernética da Rotunda Alves Redol.

Minhas Senhoras e meus Senhores
Um Concelho que tem a sua história ligada à História Templária.
Um Concelho que foi sede da Ordem de Cristo, com um papel ímpar nos Descobrimentos.
Um Concelho que tem um Convento de Cristo, Património da Humanidade.
Um Concelho que tem um Património Arquitectónico, um Rio e um centro Histórico com qualidade reconhecida Mundialmente.
Um Concelho que tem um espelho de água, como a Albufeira de Castelo de Bode.
Um Concelho que tem uma tradição industrial, iniciada no século XVIII com Jácome Ratton, na vigência do Marquês de Pombal.
Um Concelho que tem uma “Festa dos Tabuleiros”, com características únicas.
Um Concelho que tem um povo cuja epopeia recente consiste na construção da Lisboa moderna,
não pode permitir que a sua auto estima e o orgulho na sua identidade sejam abalados por circunstâncias efémeras.
Vamos todos lutar para pôr “Tomar em primeiro lugar”.