sexta-feira, 4 de setembro de 2009

AS RESPOSTAS DE JOSÉ LEBRE AO 'CIDADE DE TOMAR'

1 – Primeiro que tudo quero agradecer pela oportunidade desta entrevista. A minha candidatura deve-se fundamentalmente á constatação de um descontentamento generalizado, à desmoralização em que caiu o Concelho, e á certeza de que as outras candidaturas que se apresentam ás eleições não dão garantias credíveis de liderança forte. São candidaturas muito comprometidas com o passado recente, esgotadas no conteúdo, que não conseguirão ser motivadoras na inversão de rumo que urge na gestão autárquica. Candidato-me também para manter o que de bom esta feito e empreender o que os outros não tem sido capazes de fazer. A grande mudança que propomos é a inversão de atitudes. O respeito pelo próximo, a exigência no desempenho, o espírito de serviço a proximidade aos cidadãos e a transparência na acção são valores que pretendemos defender.

2 - Com a tomada de conhecimento das candidaturas que se perfilaram, e após varias reuniões de trabalho com apoiantes do movimento ainda em formação, e como consequência de alguns actos públicos do actual executivo camarário com os quais não concordo, resolvi assumir em 21 de Julho a Candidatura á Câmara Municipal de Tomar.

3 – A resposta a essa questão será dada pelos Tomarenses no próximo dia 11 de Outubro que de certeza usarão a memória para votarem em consciência .

4 - A gestão do actual executivo camarário foi desastrosa. No plano político demonstrou grande insensibilidade, em não ter sabido reconhecer o crescente descontentamento popular, e em não ter deliberadamente estabelecido meios de relacionamento adequados com os munícipes. Esqueceu-se que foi eleito para pôr a Câmara Municipal ao serviço de todos. É fundamental assumir integralmente as responsabilidades dos cargos para que se é eleito. O actual executivo não as soube assumir, desculpando-se com as políticas anteriores, não conseguiu as alterações de comportamento necessárias, nem soube conquistar a confiança e a colaboração dos serviços. A Câmara Municipal de Tomar está a braços com problemas gravíssimos á espera de solução, designadamente algumas acções em tribunal, com pedidos de indemnização elevadíssimos. No que a obras diz respeito, faço no ar a ausência total de planeamento. São exemplo, os anos de calvário provocados pelas obras no Centro Histórico, as obras de saneamento básico em alta, onde estão enterrados milhões sem haver perspectivas de rentabilização, e estradas onde não foram substituídas condutas, e são agora verdadeiras mantas de retalho. A situação financeira é desastrosa e o limite de endividamento segundo consta está atingido. Por fim faço realçar a falta de ética demonstrada, desleal para com todos os outros partidos e movimentos concorrentes às eleições, por nos últimos meses de mandato fazer política eleitoralista anunciando obras de milhões, distribuindo subsídios, inaugurando obras a torto e a direito, espalhando tapetes betuminosos em tudo o que é estrada ou caminho nas freguesias rurais. Á custa do erário público vai fazendo campanha eleitoral! Os valores há muito foram esquecidos, só interessa a manutenção do poder, e a qualquer preço.

5-A oposição foi e é frouxa. Refugiou-se internamente na produção de declarações de voto e a fazer propostas tímidas. Acomodou-se... Foi incapaz de fazer as denuncias necessárias e de mobilizar vontades, foi conivente com o poder, mostrando-se muito e fazendo pouco..

6- Tomar é um Concelho pequeno. Melhor ou pior, todos nos conhecemos... É impossível que não tenhamos simpatia pelas pessoas que todos os dias vimos e cumprimentamos. A denúncia vigorosa que tenho feito nada tem a ver com as pessoas mas com as acções que estas politicamente determinam! Manifesto a minha simpatia por todos os que integram as listas participantes e o meu apreço pelo que de bom trazem para a vida pública.

7 - Caso ganhe a Câmara as primeiras medidas serão emblemáticas e exemplares, para simbolizar o que pretendo seja a minha gestão:
1º- Convidarei todos os eleitos á colaboração e empenhamento na causa pública. Pretendo afirmar desta maneira os meus propósitos de confiança.
2º-Solicitarei uma auditoria á situação financeira da CM para salvaguarda do executivo cessante, e também do novo executivo. Do seu resultado darei conhecimento público a todos os Tomarenses. Pretendo afirmar desta maneira os meus propósitos de transparência e de verdade.
3º - Implementarei de imediato a reorganização dos serviços da CM Pretendo afirmar desta maneira os meus propósitos de eficiência.
4º- Levarei a cabo 100 pequenas acções para que constituam exemplo e demonstrem que é possível sem grande esforço e despesa, a cidade e as aldeias tornarem-se locais bem mais limpos, organizados e agradáveis. Pretendo afirmar desta maneira a minha esperança numa melhor qualidade de vida
5º - Suspenderei todos os processos de contra-ordenação e apresentarei de imediato proposta á Assembleia Municipal para alterar o regulamento de taxas actualmente em vigor. Pretendo afirmar desta maneira os meus propósitos de justiça e de respeito pelos munícipes

8 – Com a actual organização dos serviços é impossível um bom atendimento. O espaço disponível é péssimo, e alguns funcionários não têm formação e preparação específica na área das relações humanas. A informação não está sistematizada, as políticas não estão definidas, algumas chefias não estão motivadas e os meios técnicos não são suficientes. A legislação urbanística e os prazos não se cumprem. Há uma discordância total com o “Regulamento de Taxas”, com o “Plano Director Municipal” e com o “Plano de Ordenamento da Albufeira do Castelo de Bode”. Estes documentos estão completamente ultrapassados e desajustados á realidade do Concelho, e nestas circunstâncias não há atendimento que resista.

9- A perca do poder económico que se verifica tem a ver com a adopção de políticas nacionais e locais que favorecem e privilegiam a iniciativa pública, em detrimento da iniciativa privada.


Insistir neste modelo é estrangular e liquidar definitivamente o tecido empresarial que ainda existe no Concelho. O executivo que agora vai cessar funções, e digo isto, porque é conhecido discutido e comentado publicamente, teve ao longo destes anos, uma incapacidade total para cativar e apoiar investidores. Pura e simplesmente não os recebia, tão pouco quis saber das suas intenções. Assim cresceram nos Concelhos limítrofes Empresas que em Tomar não tiveram qualquer hipótese de se afirmar. O que aconteceu com as Empresas aconteceu também com quem pretendia construir a sua Casa na sua Terra. Não é possível investir no Concelho com as actuais condições de licenciamento:
- Prazos impeditivos porque excessivos
- Taxas e licenças caríssimas, desajustadas ao tecido sócio económico
- Ausência absoluta de incentivos
- Dificuldade na comunicação e informação
- Planos desajustados.
Portanto, as medidas que tomarei serão exactamente as contrárias das que agora vigoram.
10 - O Turismo é um meio estratégico de desenvolvimento que defendo, que só terá êxito se forem adoptadas políticas correctas na área do ordenamento do território, na salvaguarda e defesa do património histórico e arquitectónico, na defesa da identidade e valores próprios do Concelho, e na defesa dos valores ambientais, tendo sempre em conta as questões relacionadas com a mobilidade e a acessibilidade para todos, considerados de uma forma integrada com as diversas políticas nas restantes áreas.

11 - O melhor resultado é ganhar as eleições. É difícil mas não é impossível! De resto todos os outros resultados são bons. Alguns dos nossos adversários andam cá há muitos anos, trabalham diariamente com objectivos políticos eleitoralistas, e ocupam todos os cargos importantes da administração . Possuem grandes apoios e todos sabemos como são financiados os partidos do poder. A tarefa a que me propus é ousada, desinteressada, não comprometida, frontal e pretende respeitar valores éticos e de entrega aos outros no serviço público. A fasquia está alta, mas é nisto que acreditamos.

12 – Como todos sabemos o nosso País não está bem. As eleições legislativas são uma oportunidade de mudança para melhor.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PROMESSAS E REALIDADES

"Quem decidiu entrar na competição eleitoral em Tomar tem um adversário natural: o PSD e a sua desastrosa gestão do concelho nos últimos doze anos. Quem não percebe este facto elementar e prefere distrair-se com pormenores laterais está a beneficiar o PSD e o situacionismo clientelar que criou em Tomar. Mas cada um sabe de si e, como se costuma dizer, Deus sabe de todos. O PSD concorre, aliás, através de duas candidaturas diferentes: a do próprio PSD e a de um alegado CDS que tem como cabeça de lista um vereador do PSD, tão responsável pelo desastre dos últimos anos como os seus ex-colegas de partido, do qual saiu de resto, apenas porque não teve lugar nas listas, mostrando assim a força das suas convicções de ontem e de hoje. Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão já escreveram tudo sobre este tipo de política pequenina.

Mas o que interessa verdadeiramente aos eleitores é a substância das ideias e a credibilidade dos candidatos. Nos dias que correm é oportuno lembrar que o PSD tem sido mestre em promessas, mas um desastre nas realidades. Apenas três exemplos.

Há alguns anos, o PSD prometeu um parque temático em Tomar. Típica promessa para eleitor ver. Onde está ele, que ninguém o vê? Onde se esconderam os investidores? Em que gaveta foi esquecida essa promessa? A verdade é que o parque temático virou esquecimento e até hoje ninguém pediu responsabilidades por essa ilusão eleitoral falhada.

Há alguns anos o PSD decidiu construir uma fonte cibernética numa rotunda onde deviam estar mil outras coisas, mas nunca aquilo que lá está. Gastaram-se milhões. A fonte está lá. A cibernética, mal se vê. Agora, o PSD quer tirar a fonte cibernética e pôr lá qualquer coisa. Presume-se que se vão gastar mais uns milhões. Quem paga são sempre os mesmos. Mas quem gasta passa incólume, sem ser responsabilizado pelos desastres estéticos e pelo desvario no gasto.

Há alguns anos o PSD decidiu fechar o parque de campismo. O parque era fonte de turismo e de receitas, tão necessárias à economia local. Alegou na altura que o encerramento se devia ao facto de ser necessário realizar umas obras. Acresceram algumas birras pessoais, com as quais o PSD sempre teve a arte de confundir a nobre política autárquica. Perderam-se milhões com a inépcia e com a birra. Os campistas rumaram para outras paragens e abandonaram Tomar. Coincidentemente, aliás, com o que aconteceu com muitos tomarenses que também tiveram de abandonar Tomar em busca de emprego, de carreira, de rendimento e de futuro. Agora, na véspera de eleições o parque lá reabriu. Quem responde pelos prejuízos que o encerramento do parque durante tantos anos causou à economia local?

A resposta é ninguém. Os responsáveis por estas situações andam por aí como se nada fosse. O perigo é que são reincidentes e estão de novo a pedir o voto. Seria muito saudável para o futuro de Tomar que o eleitorado decidisse deixar de ir em cantigas repetidas. O PSD precisa de uma longa cura de oposição e de uma profunda renovação. Tomar precisa de um novo presente e de construir um futuro de desenvolvimento e progresso. Podem começar-se as duas coisas já em 11 de Outubro."
Jorge Ferreira

(publicado na edição de hoje de O Templário)

HOJE

Entrevista com José Lebre no Cidade de Tomar.

AMANHÃ

José Lebre começará a aparecer em casa de todos os tomarenses.

MENSAGEM

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

MUDANÇA DE DATA

A apresentação pública da candidatura 'Tomar em Primeiro Lugar' inicialmente prevista para o próximo dia 4 de Setembro foi adiada. Em breve se divulgará a nova data.

CAMPANHA EM MARCHA

Um dia destes, brevemente, o candidato José Lebre aparecerá em casa de todos os tomarenses.

A LER

A entrevista de José Lebre, na edição de amanhã do Cidade de Tomar.