quinta-feira, 9 de julho de 2009

A CAMARA GASTA DE MAIS ONDE NÃO DEVE

Quando o tempo é de crise e num país onde, comprovadamente as instituições públicas gastam mais do que o que podem, exige-se especial contenção e rigor no uso do dinheiro público.

Infelizmente não é o caso da Câmara Municipal de Tomar.

Se não, vejamos: entre 1 de Janeiro de 2008 e 31 de Março de 2009 a Câmara Municipal de Tomar gastou a módica quantia de 181.799,92 euros em publicidade, em assessorias de imprensa, em agências de comunicação. Isto, sem contar, naturalmente, com as publicações obrigatórias por lei e pagas à Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

A distribuição das verbas foi a seguinte:

O Mirante: 47.250,27
Terra Branca: 1.815,00
Cidade de Tomar: 50.202,23
New Seven Wonders: 4.247,40
Global Notícias: 7.578,47
Público: 5.220,61
Templário: 17.739,85
Fólio Comunicação: 2.662,00
Expresso: 2.602,88
O Ribatejo: 2.504,03
Intermagia Comunicação: 11.488,00
Publicações Directas: 2.117,50
Rádio Hertz: 636,48
Sol: 907,20
2C Publicidade: 432,00
JC Serviços publicitários: 114,00
Youngnetwork: 23.040,00
Sandra Costa: 1.242,00

Ora, sabe-se que a Câmara tem um Gabinete de Comunicação, o qual, aliás, teve como custos de funcionamento e pessoal no mesmo período, 19.624,07 euros. Conclusão: em pouco mais de um ano, a Câmara Municipal de Tomar gastou cerca de 200.000 euros, quarenta mil contos em moeda antiga, em publicidade e assessorias de imprensa.

Agora, como se isto tudo não bastasse, a Câmara assinou no passado dia 7 de Abril de 2009, com uma empresa chamada 180 GRAUS, COMUNICAÇÃO E FORMAÇÃO UNIPESSOAL LDA, um contrato de prestação de serviços de assessoria de imprensa, mais um, por mais 1.550,00 euros por mês, ou seja, 18.600,00 (dezoito mil e seiscentos euros por ano). Este facto consta de uma informação escrita distribuída aos deputados municipais.

O desabafo óbvio é que se trata de assessoria a mais para tanta falta de actividade. Nem se percebe para quê tanta assessoria de imprensa, a não ser que a proximidade de eleições determine uma necessidade especial do PSD promover o seu candidato através dos fundos camarários, quando antes deste período essa necessidade não existia…

Mas estes números suscitam também a eterna questão da distribuição da publicidade pelos órgãos de comunicação social locais.

Olhando para esta distribuição de gastos percebe-se muita coisa, mas isso é passado e, como diz o povo, não vale a pena chorar sobre leite derramado. Um pouco por todo o país as autarquias locais têm o mau hábito de fazer dos seus gastos em publicidade um instrumento de condicionamento dos orgãos de comunicação social local.

Para o futuro, o que propomos é que sejam estabelecidos critérios objectivos e equitativos para a aquisição dessa publicidade. A bem da transparência e da própria independência e credibilidade da comunicação social e da informação que vendem aos seus leitores e ouvintes.

Para quê ter um Gabinete de Comunicação, se se gasta tanto dinheiro em assessorias de imprensa e agências de comunicação exteriores à Câmara?

Antes de decidir gastar, acaso a Câmara faz consultas ao mercado ou concursos públicos para comprar melhor e mais barato? Ou escolhem-se os amigos com base na lógica “porque sim” ou os que vivem mais perto da Praça da República por uma questão de comodidade de deslocações?...

Por que razão gasta com estes fornecedores e não com outros? Com base em que critérios de decisão?

Jorge Ferreira

(publicado na edição de hoje de O Templário)

terça-feira, 7 de julho de 2009

ASSINATURAS

Está em curso a recolha de assinaturas que permitirá que a candidatura independente Tomar Em Primeiro Lugar concorra às próximas eleições autárquicas de Outubro. Agradecemos a todos os eleitores do concelho de Tomar o apoio que nos têm dispensado ao decidirem propôr as nossas listas. Viabilizar uma candidatura independente não é votar, é apenas permitir que a democracia local funcione melhor e que os eleitores tenham mais por onde escolher.

domingo, 5 de julho de 2009

NAS NOTÍCIAS (4)

"O novo grupo de independentes apresentou esta semana o seu manifesto e já está a recolher assinaturas (...) O Movimento “Tomar em Primeiro Lugar”, ainda sem sede, tem como dinamizadores Isabel Miliciano (ex-PSD) e Jorge Ferreira (ex-CDS).". Ler mais no Templário.